- Palestra online e gratuita
Margens dos feminismos
- 16 de agosto de 2023
- Tessa Moura Lacerda
- 1h33min
- Sobre a palestra
O que significa ser um corpo percebido como feminino em uma sociedade que está na periferia do capitalismo global? O que significa ser um corpo à margem em uma sociedade que está à margem do capitalismo global? O que significa ser um corpo à margem da sociedade hoje? Chamo de “feminismos subalternos” reflexões variadas, diversas, ricas, de feministas que pensam a partir dessas situações de margem. Para pensar a ideia de “situação” valho-me do conceito de situação proposto pelo filósofo Leibniz (1646-1716), segundo o qual a situação é aquilo que nos põe em relação no tempo e no espaço com tudo e com todos.
Para pensar a ideia de subalternidade, ou antes, de margem, dialogo com autoras feministas reconhecidas como representantes do feminismo pós-colonial, feminismo decolonial, feminismo negro brasileiro e feminismo negro estadunidense. Dentre essas autoras, dialogaremos, nesta palestra, sobretudo com três: Gayatri Spivak, feminista indiana, que propõe uma pergunta para intelectuais de todo o mundo: pode o subalterno falar? Spivak entende que não, que as vozes subalternas não são ouvidas, mesmo quando gritam. A resposta de Spivak à sua própria pergunta suscitou várias respostas contrárias à dela. Interessa-nos, em particular, duas: (1) a resposta de Denise Ferreira da Silva, pensadora negra brasileira radicada no Canadá, em seu texto “Pode o sujeito subalterno (da racialidade) falar?” (2) e a resposta de Grada Kilomba, autora portuguesa radicada na Alemanha, em seu Memórias da Plantação.
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- Conheça a palestrante
Tessa Moura Lacerda
É professora de Filosofia na Universidade de São Paulo- USP, especialista em Filosofia Moderna, mas estudiosa também de outros temas, como a relação entre história, memória e testemunho (relacionada particularmente com a ditadura civil-militar brasileira de 1964-85); e as questões de gênero pensadas de um ponto de vista filosófico (feminismos, Transfeminismo, teoria queer). É autora de A política da metafísica. Teoria e prática em Leibniz (Humanitas, 2004), As paixões (Martins Fontes, 2013), além de inúmeros artigos principalmente sobre Filosofia Moderna e sobre os feminismos e sua relação com a proposta de reescritura do cânone filosófico. Editora da revista Cadernos espinosanos. Estudos sobre o Pensamento do Século XVII, da USP. Coordenadora do grupo NÓS – Grupo de estudos sobre feminismos da USP. É membro da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da FFLCH-USP (comissão que atualmente preside) e do Conselho de Inclusão e Pertencimento da USP.
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